quarta-feira, 9 de dezembro de 2009
Physeter macrocephalus
Características principais:
O maior cetáceo com dentes, é distinto, e difícil de serconfundido com outras espécies.
A principal característica do cachalote é a sua cabeçagrande retangular, que corresponde até 40% do seu comprimento total.
Sua coloração é escura uniforme, indo do cinza ao marrom.
A pele do cachalote é enrugada, principalmente na parte posterior do corpo.
Tamanho:
Os filhotes nascem com 3,5 a 4 metros.
Fêmeas adultas atingem 12 metros e os machos 18 m.
Peso:
O peso médio do macho é de cerca de 45 toneladas, e o da fêmea 20 ton.
Gestação e cria:
Aproximadamente onze meses. Nasce apenas uma cria, pesando cerca de 1 tonelada.
Alimentação:
Variedade de peixes, lulas e polvos.
Distribuição:
Desde os trópicos até as bordas dos packice em ambos hemisférios,porém apenas os machos aventura-se a atingir as porções extremas do norte e sul de sua distribuição.
Ameaças:
Por causa de seus caros produtos, como o espermacete e o âmbar-gris, o cachalote tem uma dasmais antigas e contínuas histórias de exploração entre os cetáceos. As redes de deriva de alto mar, são outro problema para o cachalote, que acidentalmente se emalham nestas redes.
Pombo Trocaz
Nome científico: Columba trocaz (Heineken, 1829)
Família: Columbidae
Distribuição e Habitat: Espécie endémica da Ilha da Madeira. Vive associado à floresta Laurissilva, apresentado preferência por áreas com predominância do Til, de cuja baga o pombo trocaz se alimenta.
Descrição: De plumagem cinzenta-azulada, tonalidade cor de vinho no peito e lista branca que atravessa a cauda.
Estatuto de Conservação e Ameaças: Espécie vulnerável por apresentar área de ocorrência muito restrita. A floresta Laurissilva, onde vive esta espécie, é considerada Património Mundial Natural da Humanidade pela UNESCO, daí que o problema de perda e degradação do habitat é uma ameaça que já não se considera.
Observações: Fruto do esforço de conservação da floresta Laurisilva e da cessação da caça a esta espécie a população tem estabilizado, sendo mesmo muito comum em alguns locais..
quarta-feira, 2 de dezembro de 2009
Animais em vias de extinção
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgsJ4_-HdPM5e0MQHbECUpV0jSsBCML2l13PjcweLsMFtY5PkWxlIJpoHxSAe0RrBuwclrYJQ4byeEb_20wA488nFHySMOn5HoAYufCr6bc38GRpdeg1TdASHOYe7cqsS55MeEPxvqpIA8/s320/sagui_imperador.png)
Desde 1970 que o número de rinocerontes negros tem sofrido uma queda considerável. Dos 65 mil animais já só restam cerca de 3 mil em liberdade. Uma queda superior a 96 por cento devido à caça para retirar os dois chifres, supostamente com propriedades medicinais.
HIPOPÓTAMO
Estima-se que nos últimos dez anos, a população de hipopótamos tenha sofrido uma redução de 95 por cento. Uma das situações mais graves localiza-se na Republica Democrática do Congo, onde a caça dos animais para retirar os dentes tem tido efeitos dramáticos.
URSO POLAR
Graças ao aquecimento global, o urso polar, está pela primeira vez incluída na lista das espécies ameaçadas. Com o gelo a derreter, calcula-se que nos próximos 100 anos esta espécie de urso tenha um declínio de 50 a 100 por cento da sua população.
DIABO-DO-MAR (MANTA)
Graças à indústria pesqueira, este gigante devorador de plâncton corre o risco de desaparecer dos mares. Os baixos índices de reprodução da espécie também contribuem para a diminuição da população.
BALEIA AZUL
Antes da pesca ao gigante dos mares, na primeira metade do século XX, existiam 206 mil baleias azuis no mundo. Em 1980 o número desceu para 6500 e dez anos depois para 3 mil.
TUBARÃO BRANCO
Temido por muitos, o tubarão branco pertence à lista de espécies em vias de extinção devido à caça para satisfazer a procura da sopa de barbatana de tubarão, especialmente no continente asiático. Tem uma das mais baixas taxas de procriação entre os peixes.
O MORCEGO- DE -FERRADURA-GRANDE(Rhinolophus ferrumequinum)
INTRODUÇÃO Os morcegos são os únicos mamíferos com capacidade de voo, devido à transformação dos braços em asas. Pertencem à ordem Chiroptera, palavra que significa mão transformada em asa.A ordem Chiroptera possui actualmente quase 1.000 espécies, representando cerca de um quarto de toda a fauna de mamíferos do mundo. Esta ordem esta dividida em duas subordens: Megachiroptera e Microchiroptera. A subordem Megachiroptera está restrita ao Velho Mundo (África, Ásia e Oceânia). Nesta subordem encontram-se os maiores morcegos do planeta, dentro da subordem Microchiroptera estão os morcegos europeus.A maior das cinco espécies europeias de morcegos-de-ferradura, é o morcego-de-ferradura-grande, tem o tamanho de uma pequena pêra e encontra-se em toda a Europa, desde o Reino Unido até à Grécia, ocupando quase exclusivamente grutas e minas.O morcego-de-ferradura-grande vive em grupo, pesando apenas 14 a 34g, tem um comprimento de 6 a 7 cm e de asas 30 a 35 cm.Atingindo uma longevidade até 30anos, os machos atingem a maturidade sexual com cerca de 2-3 anos, as fêmeas um pouco mais tarde, cerca de 4-8 anos. Acasalando no Outono e com um período de gestação de 9 meses, a fêmea dá à luz, geralmente, uma cria.Um Morcego Singular, com o Nariz para o SomApesar de não ser uma beleza da natureza, o morcego - de ferradura - grande é extraordinário. O estranho apêndice nasal em forma de U é uma parte crucial do sistema de ecolocalização e permite-lhe navegar e detectar presas no escuro.Este morcego é também notável pela sua raridade está quase extinta em regiões da sua distribuição.Nascido dentro das asasO descendente único nasce no poleiro maternidade das fêmeas, onde podem estar entre 50-500 fêmeas residentes.O nascimento ocorre muitas vezes ao pôr-do-sol, com a mãe pendurada de cabeça para baixo pelos pés.A cria emerge para dentro das pregas protectoras das suas curtas e amplas asas.O recém-nascido abre os olhos após cinco dias. Alimenta-se do leite da mãe e quando tem 1 mês de idade, começa a apanhar insectos. Cerca de 3 semanas mais tarde, a cria é desmamada e é deixada aos seus próprios cuidados.Pendurados As fêmeas do morcego- de- ferradura- grande juntam-se em grandes colónias com a sua descendência, enquanto os parceiros se juntam em colónias de machos mais pequenas. Os locais de colónias estivais incluem os telhados de casas e celeiros abandonados, aquecidos pelo sol. No inverno, encontra locais mais abrigados, onde hiberna.Os machos, sendo mais pequenos e por isso mais afectados pelas mudanças de temperatura, podem acordar da hibernação e viajar até 30km para encontrar um local mais quente.
Sonar dos MorcegosOs morcegos orientam-se no escuro por um mecanismo chamado "ecolocalização" ou "sonar dos morcegos". Estes animais emitem gritos, que consistem em ondas de altíssima frequência, inaudíveis pelo homem, emitidos pela boca ou pelas narinas. Esses impulsos de ultra-som, ao atingirem um objecto, são reflectidos em forma de ecos e captados pelos ouvidos. Com esse sonar, os morcegos conseguem identificar, quando voam, a natureza do ambiente que os rodeia, bem como a forma e dimensão do objecto.Caçando pelo somSaindo assim que anoitece, o morcego-de-ferradura-grande tem um voo extremamente ágil, podendo assim capturar as suas presas. Alimenta-se durante voos de caça a baixa altitude. Usando a sua boca ou membrana alar, apanha insectos no ar e no chão. As presas grandes são levadas para o poleiro de alimentação habitual, onde come ou descansa entre sessões. Pode voar 40km em busca de comida. Como outros morcegos, usa o seu sistema de ecolocalização para localizar o alimento e obstáculos. Os apêndices nasais ajundam os ecos que são reflectidos dos objectos circundantes, incluindo presas.Durante os meses quentes do ano, acumula grandes quantidades de gordura, que serve de reserva alimentar para o Inverno.CuriosidadesOs morcegos são olhados como mau presságio e ligados a bruxas e lendas, como a do Conde Drácula. Há também uma crença de que se emaranham nos cabelos. Felizmente cada vez se acredita menos nestes mitos. Os morcegos são inofensivos e não causam prejuízo. São até muito úteis pois destroem grandes quantidades de insectos, combatendo pragas agrícolas e florestais e vectores de doenças. Numa noite, um morcego pode comer mais do que o seu próprio peso em insectos!
O TITI-DE-BIGODES(Saguinus imperador)
Talvez um dos mais pequenos primatas existentes, de 23 a 26cm de comprimento e uma cauda de 35 a 42cm, o sociável titi-de-bigodes é uma figura cómica, pesando apenas 250 a 500g. Com um espesso bigode branco pendurado até aos ombros, este macaco em miniatura é imediatamente reconhecido quando salta através das árvores, nas regiões do Sudoeste do Peru, Noroeste da Bolívia e Noroeste do Brasil, na enorme floresta tropical de chuvas da Amazónia.Um grande salto em comprimentoO titi-de-bigodes está constantemente a movimentar-se.O seu tamanho pequeno e a surpreendente força, permite-lhe saltar de árvore em árvore, a distâncias impressionantes. Esta criatura ágil pode cair para o solo de alturas de mais de 20m. Os titis-de-bigodes são sociáveis e passam os dias a explorar a floresta em pequenos grupos, interagindo com o tamarim Saguinus fuscicollis. Estas duas espécies juntam esforços, prestando atenção aos gritos de alarme dos outros e procurando alimento em conjunto. Apesar do tamanho deste pequeno acrobata o tornar apetecível para os predadores, a velocidade e agilidade com que salta de ramo em ramo torna-o difícil de capturar.Nascimento em comunidadeO titi-de-bigodes atinge a maturidade sexual entre os 16 e os 20 meses de idade, sendo a época de acasalamento durante todo o ano, intensificando-se no Outono.Um grupo de tamarins é composto de dois a oito indivíduos, apesar de poder atingir até 15. Há apenas uma fêmea sexualmente activa. Os restantes membros do grupo não competem pelo direito a acasalar, em vez disso, canalizam a sua energia para a protecção da comunidade. A fêmea dominante acasala com dois machos e depois de um curto período de gestação, 140 a 145 dias, todo o grupo se reúne para ajudar ao nascimento de uma ou duas crias. Ambos os machos desempenham o papel de pai, recebendo o recém-nacido indefeso e levando-o. Fazem turnos no transporte da cria, entregando-o à progenitora quando precisa de mamar.Dieta leveGrande parte da dieta do titi-de-bigodes é composta por frutas, flores e néctar. Dado o seu baixo peso pode sentar-se na extremidade dos ramos e ter acesso a áreas onde outros macacos mais pesados não podem chegar. Os tamarins são omnívoros e muita da proteína na sua dieta vem de invertebrados como o louva-a-deus, bicho-pau, gafanhotos, formigas, escravelhos, borboletas e aranhas.Trepa silenciosamente a um ramo antes de o puxar para a boca e apanhar um insecto. Os titis-de-bigodes raramente rejeitam uma oportunidade de comer e devoram pequenas rãs e lagartos. Também assaltam ninhos de aves para roubar ovos.DesalojadosO seu bigode característico tornou o titi-de-bigodes um alvo popular do comércio para jardins zoológicos e muitos foram capturados ao longo dos anos.No entanto, a maior ameaça para a espécie vem do desbravamento da floresta de chuvas que levou à destruição de numerosas populações de tamarins. O aumento da população humana levou a que muitas pessoas se tenham mudado para zonas construídas da floresta de chuvas e milhões de hectares são desbravados para dar lugar a mais estradas e casas. Os agricultores locais também desbravam pequenas regiões da floresta para cultivar produtos de elevado valor económico.CuriosidadesQuando em cativeiro, a vida deste pequeno primata, atinge uma longevidade até 20 anos.DescriçãoFace negra e pêlo sarapintado, dão-lhe uma útil camuflagemBoa visão, permite aterrar correctamente quando salta e detectar pequenas presas.Bigode longo e espesso, chega aos ombros.Pés com garras em todos os dedos, excepto no dedo grande que tem uma unha.Músculos das pernas fortes, transportam o corpo leve quando salta a longas distâncias entre árvores.
Pêlo aos retalhos
O titi-de-bigodes é cinzento com patas escuras, o dorso é sarapintado por pêlos amarelos e a cauda é cor de ferrugem.Longa cauda laranja viva, não é preênsil (capaz de agarrar), mas ajuda a equilibrar quando trepa às árvores e salta de ramo em ramo.GORILA DA MONTANHA(Berengei)
Descrição
É o maior dos primatas, os machos pesam 140 a 180kg e chegam a medir 1,70m, as fêmeas são menos robustas, pesando de 70 a 100kg e medindo cerca de 1,50m. Têm uma cor negra, excepto os machos adultos que têm uma “veste” nas costas de coloração prateada e um tronco largo. A estrutura muscular é poderosa, a cabeça é grande com a testa baixa, as orelhas são pequenas, os braços são tão longos quanto as pernas e os pelos da parte de trás vão desde os ombros até ao traseiro.
Comportamento
O gorila da montanha vive em grupos, cada grupo é formado por várias fêmeas, crias e um macho dominante, de costas prateadas. Quando se sentem ameaçados o líder do grupo (macho dominante), solta rugidos e bate com as mãos no peito.A reprodução é durante todo o ano e o período de gestação vai de 250 a 270dias. De 4 em 4 anos as fêmeas dão á luz uma cria, muito raramente duas. É comum observarem-se, fêmeas e crias, numa limpeza mútua. Ao atingirem a idade de 8 anos as crias abandonam o grupo, tornando-se independentes.A alimentação do gorila é predominantemente herbívora, é constituída por folhas, rebentos de bambu, fruta, cascas e também formigas. Devido a esta alimentação raramente bebem água. Um macho adulto chega a consumir cerca de 31kg de comida por dia.Os gorilas atingem uma longevidade de 35 anos.Os últimos grandes primatas africanosHá apenas 650 gorilas da montanha no mundo. Estes enormes primatas estão em perigo de extinção por perda do habitat, guerra e doenças, de que os humanos são responsáveis. Vivem nas florestas das terras altas que atravessam três fronteiras nacionais da Africa central. A maioria dos gorilas da montanha encontram-se nas montanhas vulcânicas de Virunga no Parque Nacional do Vulcão, no Ruanda, Parque Nacional de Virunga, na República Democrática do Congo e Parque Nacional de Mgahinga, no Uganda. Existe uma população mais pequena no Parque Nacional da Floresta Impenetrável de Bwindi, no Uganda.Conservação e turismoO primeiro parque natural para os gorilas da montanha foi criado em 1925, no que era então o Congo Belga. Mas nos anos 60, toda a protecção havia sido perdida. Uma renovada campanha de protecção foi iniciada por uma antropóloga americana, a Dra. Dian Fossey, cujo estudo dos gorilas nas terras altas de Virunga foi tornado famoso em filme.Fossey foi apoiada pela Fundação Africana para a Vida Selvagem e nos anos 70, outras organizações se tinham também juntado para formar o projecto Gorila da Montanha.Este projecto combinava conservação e educação dos locais com uma excitante e nova iniciativa: turismo com gorilas. A aposta ganha tornou os gorilas da montanha um recurso valioso. Em 1990 a administração do projecto foi entregue ao governo do Ruanda. Entretanto, os grupos de conservação formaram o Programa Internacional de Conservação do Gorila para proteger todas as populações das montanhas de Virunda e Bwindi.
Vitimas da guerra
No final dos anos 90, a guerra civil rebentou no Ruanda e o turismo sofreu uma abrupta interrupção. O habitat do gorila da montanha tornou-se num sangrento campo de batalha. Mais tarde, ainda mais floresta foi perdida à medida que os desesperados refugiados cortavam milhões de árvores para fazer fogueiras. Desde então, uma contínua inquietação civil tem rodeado os gorilas por todos os lados e pode por em causa anos de trabalho de conservação. Um cauteloso reabrir do turismo teve um trágico revés quando um grupo de turistas foi assassinado em Bwindi em 1999. No entanto, no fim de 2001, foi de novo declarado aberto aos turistas, ávidos de ver este magnifico primata em liberdade.
Um parque para a paz
Apesar das dificuldades, o trabalho do Programa Internacional de Conservação do Gorila continua. Contra todas as expectativas, a população de Virunga de gorilas da montanha aumentou significativamente desde a última contagem que teve lugar em 1989. As esperanças na sua conservação futura assentam agora no desenvolvimento de um “Parque da Paz”. Esta área protegida atravessará as fronteiras nacionais do Ruanda. República Democrática do Congo e Uganda.
CuriosidadesEmbora sejam criaturas silenciosas, eles podem emitir vários tipos de som, como grunhidos, sussurros, gritos, risos, rosnadelas e risadinhas. Como os humanos, eles utilizam os olhos para reunir informação. São os mais inteligentes dos pongídeos. Além disso, são capazes de aprender a comunicar através de sinais, palavras e frases simples.Fora o ataque eventual de leopardos, o único predador do gorila é o homem
FOCA MONGE DO HAVAI(Monachus schauinslandi)
Julgando-se ser uma das mais antigas focasVivas, a rara foca monge do Havai tem no seu esqueleto características primitivas que remontam a focas ancestrais. É a única foca tropical do mundo, vivendo nas águas do Pacífico em redor de ilhas em cujas praias arenosas procria. A foca monge tem um comprimento de 2,10 a 2,30m, de peso 170 a 275kg e uma longevidade de 30 anos.De modo de vida aquático, respira na água e faz a muda em terra, é activa durante o dia mas alimenta-se de noite. Solitária de natureza com companhia durante o cio, atinge a maturidade sexual no 5º ou 6º ano de vida,Vencer o calorAs focas monge passam a maior parte do ano no mar. Ficam perto da ilha onde nasceram, mas algumas viajam grandes distâncias. Navegam a cerca de 9 km/h, mas podem triplicar a velocidade quando estão em perigo. Apesar de toda a sua graciosidade escorregadia debaixo de água as focas não conseguem escapar eficazmente em terra. Arrastam-se para fora de água para dar à luz e fazer a muda. Nestas alturas contorcem-se e atiram-se sobre as praias arenosas. A gordura, que as mantém quentes na água é tão espessa como a de uma foca polar e têm por isso de adaptar o seu comportamento para evitar sobreaquecimento sob o abrasador sol tropical. As focas descansam na areia molhada perto da costa, escavando um charco com água e deitando-se aí com os abdomens expostos.Mergulhos profundos para jantarA foca monge do Havai mergulha para apanhar peixes, polvos, lulas e crustáceos. Também caça linguados, moreias e congros que se escondem nas fendas dos corais. A pesca é uma actividade nocturna. É conseguida com uma série de mergulhos, com cerca de 10-40 m, apesar de atingir profundidades maiores de 175m. Uma imersão mais prolongada pode levar 20 minutos. A foca está fisicamente adaptada para sobreviver às tremendas pressões das profundezas. Tem menos bolsas de ar no corpo que os humanos e não sofre com as mudanças de pressão. Os músculos estão cheios de mioglobina, uma substância rica em oxigénio e um volume elevado de sangue que ajuda a impulsionar o fornecimento de oxigénio da foca monge.Consequências perturbadorasSéculos de caça dizimaram colónias de reprodução inteiras de focas monge das grandes ilhas havaianas. Começou com a chegada dos colonos polinésios e aumentou com o carecimento da caça comercial às focas no século XIX. Uma nova pressão surgiu durante a Segunda Guerra, quando os Estados Unidos estacionaram a sua frota do Pacífico no Havai. Apesar das colónias de reprodução sobreviverem nas ilhas Noroeste do Havai, estão sujeitas a perturbações crescentes. Isto leva as fêmeas grávidas a deslocar-se para praias mais remotas e menos adequadas, resultando numa maior mortalidade das crias. O enredamento nas redes de pesca é outra ameaça, tal como a fome resultante da sobrepesca das suas presas. Hoje, a população da foca monge do Havai está entre os 1300-1500 indivíduos e a declinar 5% a cada ano. A sua sobrevivência depende da protecção do ambiente, que está nas mãos do governo dos EUA.O lar da foca monge do Havai no recife de coral, é uma reserva protegida.
Aos trambolhõesO clima tropical permite às focas monge do Havai acasalarem em qualquer altura do ano. As fêmeas ovulam depois de dar à luz e tendem a ficar com o cio em diferentes momentos. Da mesma forma, os machos passam muito tempo junto das praias de reprodução em busca de parceira. Quando encontra uma, segue-a constantemente levando-a para a água para acasalar. Podem juntar-se outros machos que a disputam ferozmente e a fêmea pode ficar ferida. A fêmea dá à luz quase um ano mais tarde uma cria que mede cerca de 1 m. A cria mama durante 5 ou 6 semanas. Durante este período quadruplica o seu peso de nascença, enquanto a progenitora jejua pacientemente a seu lado. No fim do aleitamento, a cria muda a sua lanugem e fica por sua conta.CuriosidadesA também ameaçada foca-monge do Mediterrâneo (Monachus monachus), também conhecida por lobo-marinho, é a única espécie de foca que vive em território Português, mais concretamente nas Ilhas Desertas do Arquipélago da MadeiraMito ou Facto?Não se sabe como é que a foca monge obteve o seu nome. Uma fonte possível, é o texto dos finais do século XVIII do naturalista alemão Johann Hermann. Olhando uma foca de trás, ele reparou como o quadrante traseiro se parecia com a cabeça coberta pelo capuz de um monge. Outra explicação é o estilo de vida “monástico” de solidão da foca, excepto quando acasala.
BALEIA AZUL(Balaenoptera musculus)
Perigo de extinçãoA meio do século XX, a baleia azul tinha sido caçada, levando-a quase à extinção pela sua carne e óleo. Como espécie protegida e não tendo ainda recuperado da carnificina anterior, as baleias correm um novo risco com o aumento da poluição. Em Julho de 2001, na reunião anual da Comissão Baleeira Internacional, o Japão e a Noruega tentaram levantar a proibição da caça à baleia, contrariamente à Austrália e à Nova Zelândia, que propuseram a formação de um santuário no Pacífico Sul. Uma proposta que foi recusada, constituindo a primeira derrota desta reunião. Já existem dois santuários de baleias: um no Oceano Índico, desde 1979 e outro no Oceano Antárctico, desde 1994. No meio dos interesses económicos surge assim o risco da poluição que ameaça a sobrevivência de muitas espécies. O Fundo Mundial para a Natureza afirmou que sete das 13 espécies correm risco de extinção, ao serem confrontadas com o ataque dos efluentes químicos e dos pesticidas que são lançados ao mar. As substâncias poluentes fixam-se na gordura dos cetáceos e, posteriormente, no leite materno que alimenta os baleotes. Mais tarde, provocam ainda disfuncionamentos no sistema imunitário, nervoso e reprodutivo.Entre a ameaça da poluição, contam-se ainda as colisões com os barcos, as redes de pesca, a exploração do gás e do petróleo nas zonas de alimentação, a degradação dos habitats, a mudança climática e o uso de equipamento sonar em embarcações de pesca, que lhes perturba a capacidade de comunicar.Desde 1986 que a caça à baleia está interdita e ainda assim, todos os anos, mil baleias são abatidas. Depois disso, já foram mortas oficialmente 21 573 baleias.O Fundo Mundial para a Natureza encoraja a «observação das baleias». Em 2000, nove milhões de pessoas em 87 países, dedicaram-se a este tipo de observação, gerando um lucro global de um milhão de dólares, o dobro da quantia obtida seis anos antes. Um estudo mostrou que esta actividade daria mais lucros à economia islandesa do que uma eventual retoma da caça comercial.
DescriçãoA baleia azul não é apenas a maior das baleias, é o maior animal jamais conhecido na Terra, medindo de 20 a 30m e chegando alguns indivíduos a pesar mais de 160 toneladas. Apesar do seu tamanho impressionante, a baleia azul é um animal pacífico. Atingindo uma longevidade de 25 a 100 anos, passa grande parte da sua vida a navegar sozinha ou em grupos de 3 ou 4 indivíduos, atravessando os mares frios e alimentando-se nas correntes de criaturas marinhas minúsculas. Apesar de estar protegida há 40 anos, esta a tornar-se cada vez mais numa visão rara.Tem um corpo alongado, de coloração azul/acinzentado, manchas de azul claro espalhadas por todo o corpo num tom que varia de indivíduo para indivíduo. Apresenta uma pequena aleta dorsal e uma grande quantidade de sulcos longitudinais, que se estendem da região mandibular à área subjacente das nadadeiras peitorais.Em vez de dentes, a sua boca cavernosa contem duas fiadas de 300 ou 400 placas fibrosas, com franjas, conhecidas como barbas, que estão implantadas no maxilar superior.
Migrantes sazonaisA maioria das baleias azuis são migratórias, viajam sazonalmente entre os seus locais de alimentação, nos mares polares e nas águas mais quentes onde procriam. À excepção das mães e crias, as baleias azuis são geralmente solitárias. Comunicam por grunhidos e gemidos e têm a voz mais alta do reino animal.A baleia azul viaja a uma velocidade de 22km/h aproximadamente. Antes de mergulhar, vem à superfície para um gole de ar fresco. Para um mergulho mais profundo que pode exceder os 200m, a baleia azul faz uma pirueta com as barbatanas da cauda a sair da água. Ao regressar à superfície, a baleia sopra uma coluna de água e ar que pode atingir 9m de altura.ReproduçãoTanto as fêmeas como os machos desta espécie de baleia, tornam-sesexualmente maduros ao atingirem 7 anos de idade. Acasalam durante os meses de Inverno. Depois de uma gravidez de 11 ou 12 meses, a fêmea dá à luz a sua cria, que pesa até 2,5 toneladas e mede até 7m. As crias são amamentadas até terem cerca de 8 meses de idade. Com o leite rico das suas mães, elas crescem rapidamente, aumentando o seu peso 90kg por dia. A fêmea volta a dar à luz, passados 2 ou 3 anos.AlimentaçãoA dieta da baleia azul consiste inteiramente de criaturas parecidas com o camarão designadas por krill. Esta baleia alimenta-se por filtragem, engolindo a sua presa sem mastigar. Para se alimentar, a baleia nada por entre um cardume de krill, engolindo grandes goles de água enquanto a garganta se expande para aguentar o volume. Quando a baleia fecha a boca, a barba funciona como um filtro, mantendo a comida dentro à medida que a água é expelida. Num único dia, a baleia azul pode comer cerca de 6 toneladas de krill.CuriosidadesA baleia azul possui uma pele com 30 cm de espessura, um coração do tamanho de um carro, o maior pénis do mundo medindo mais de 2 metros de comprimento com espessura de 30 a 50 centímetros de diâmetro. Os testículos, por sua vez, chegam a pesar 10 quilos. Todo o órgão reprodutor da baleia azul fica escondido numa fenda abdominal e não externamente como ocorre com a maioria dos outros mamíferos.É também curioso o som que ela produz, com uma intensidade até 188 decibéis. Nada no mundo produz um som tão intenso. Também já foi descoberto que uma pessoa exposta a um som próximo dos 190 decibéis morre instantaneamente, ou seja, a baleia pode matar um homem com um grito.Os açores também são visitados por estes fabulosos monstros dos oceanos.
CONCLUSÃO
No âmbito do Tema de Vida “ animais em vias de extinção”, concluímos que o único responsável por este fenómeno é o homem, directa e indirectamente…O único inimigo do homem é ele próprio. É o único animal existente à face da terra capaz de destruir em segundos o que levou séculos a construir. Para seu próprio desenvolvimento e conforto e, sem avaliar as consequências, utiliza todos e quaisquer recursos.A destruição de florestas, a utilização de pesticidas, a extracção e uso de combustíveis não só contribui para a destruição da camada de Ozono prejudicando o efeito de estufa, alterando assim o aquecimento global, como também destrói o habitat de inúmeras espécies de animais e como se não bastasse, ainda pratica a caça furtiva.São estes factores fonte de preocupação a nível mundial.A maioria dos países, juntamente com as Instituições de Protecção à Natureza e ao Ambiente, lutam para por fim a esta catástrofe, apesar do Japão e da Noruega, tentarem anular a proibição da caça á baleia.A boa vontade da maioria do “planeta” não é suficiente e se não nos unirmos contra estas barbaridades, a catástrofe é inevitável!...Inúmeras espécies já foram extintas! Temos conhecimento delas através de documentos, que nos foram deixados “como herança” pelos nossos antepassados!... Será que a “herança” aos nossos descendentes vai ser a mesma, distinguindo-se apenas pelo acréscimo na lista de espécies extintas?Que dirão eles?A decisão é nossa!...
Panda-Gigante
Tigre
Gazela Dama do Sara
A caça não controlada fez com que a população desta espécie de gazelas diminuísse cerca de 80 por cento nos últimos 10 anos. A degradação do habitat contribuiu de igual forma para que, nos dias de hoje, restem apenas 500 animais em estado selvagem.
quarta-feira, 25 de novembro de 2009
Animais em vias de extinção
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Desde o ano 1600, 109 espécies e sub-espécies de animais foram extintas.
ARARA-AZUL
A arara-azul (Anodorhynchus hyacinthinus), maior ave entre os psitacídeos (família que inclui os papagaios, periquitos, jandaias e outras araras), está ameaçada de extinção. Restam apenas 3.000 araras-azuis na natureza, a maior parte delas no Pantanal. A destruição do seu habitat e a sua captura para o comércio são os dois factores que, combinados, levaram-na ao risco de extinção.
BALEIA-AZUL
Vive em todos os oceanos e está ameaçada pela caça intensa e indiscriminada.
ELEFANTE AFRICANO
Vive nas savanas em África e está ameaçado pela caça por causa do marfim.
GORILA-DAS-MONTANHAS
Vive nas florestas tropicais de África e está ameaçado pela caça e depredação do seu habitat.
ONÇA
A onça é o maior felino do continente americano, encontrada desde os Estados Unidos até o sul da Patagónia. Apesar do corpo compacto que chega a pesar 150 kg e medir 2,5 metros (incluindo a cauda), ela movimenta-se com graça e agilidade.
PANDA
Vive nas florestas da China e está ameaçado pela caça, destruição do habitat e do broto de bambu, que o alimenta.
RINOCERONTE DE JAVA
Vive nas florestas tropicais da Ásia e está ameaçado pela caça por causa dos chifres. É o mamífero mais raro e ameaçado do planeta. Restam sessenta exemplares.
TIGRE DE BENGALA
Vive na floresta da Índia e está ameaçado pela caça indiscriminada. Animais em Vias de Extinçãos
Arara azul grande
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Nome Científico: Anodorhynchus hyacinthinus
Distribuição geográfica: Norte e Nordeste do Brasil. Vive nas matas do interior do Brasil: Maranhão, Bahia, Mato Grosso, Minas Gerais e Goiás. Hoje é raro encontrá-la em liberdade. Mas, no interior da Bahia, ainda podemos encontrar alguns espécimes em liberdade.
Habitat natural: Florestas tropicais.
Hábitos alimentares: É omnívora. Alimenta-se de sementes e frutas. Em cativeiro, é comum comer amendoim, girassol, milho verde e frutas.
Tamanho: Até 1,10 metro. É a maior ave da família dos psitacídeos.
Peso: Cerca de 500 g
Período de gestação: O período de incubação dura 30 dias.
Número de crias: Costumam nascer 2 crias de cada vez. São alimentadas pelos adultos, que regurgitam a comida. Elas chegam à idade adulta aos 6 meses.
Tempo médio de vida: 30 anos.
Estado de conservação da espécie: Esta espécie está em extinção, principalmente devido à destruição do seu habitat natural e à expansão humana para os territórios que antes eram “propriedade” das araras e que agora se “humanizaram”.
Leopardo das Neves
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Koala
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Nome popular: Koala Nome Científico: Phascolarctos cinerus Distribuição geográfica: Sudeste e Nordeste da Austrália Habitat natural: Eucaliptais Hábitos alimentares: Folhas de eucalipto Tamanho: O comprimento pode variar entre 60 cm até 80 cm. Peso: Pode variar entre 7 kg até 12 kg. Período de gestação: 35 dias. Número de crias: 1 Tempo médio de vida: 17 anos. Estado de conservação da espécie: Estes marsupiais encontram-se num processo de extinção que se iniciou com a colonização inglesa na Austrália onde surgiu o culto de caçar e matar Koalas para usar a sua pele. Hoje, a caça não é o maior risco enfrentado pelos Koalas que são mortos por queimadas nas florestas e por falta de árvores que são cortadas pelos lenhadores. Ao perder a sua casa e alimento, os Koalas acabam por se moverem para as cidades, onde são mortos, atropelados em estradas ou por cães.
Tritão-palmado
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Pode ser encontrado na Europa ocidental e do norte, em lagoas, lagos, canais, pauis, florestas, terrenos de pasto e agrícolas e por vezes em áreas costeiras. Passa o período de acasalamento (Fevereiro a Maio) na água, pondo 100 a 300 ovos que eclodem em larvas dentro de 2 a 3 semanas. As larvas sofrem uma metamorfose dentro de 6 a 9 semanas. Em áreas mais frias, as larvas por vezes passam o inverno na água sofrendo a metamorfose apenas no ano seguinte. Tornam-se sexualmente maduros durante o segundo ano, mas também ocorre neotenia nesta espécie. Os adultos hibernam em terra, em baixo de troncos ou pedras, de Novembro a Março, ou, mais raramente, dentro de água.
Os machos adquirem membranas interdigitais nos membros posteriores durante a época de reprodução, de onde o seu nome.
quarta-feira, 18 de novembro de 2009
Salamandra-lusitânica
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Distribuição
É uma espécie que ocorre em Espanha e Portugal, confinada à área noroeste da Península Ibérica, onde a precipitação é mais acentuada. Na Espanha está presente na Galiza, Astúrias e parte oeste da Cantábria. Está presente na parte norte de Portugal, a norte do Rio Tejo. A população mais a sul situa-se na Serra de Alvelos.
Habita regiões com precipitação superior a 1000 mm por ano e abaixo dos 1500 m de altitude. Os adultos preferem zonas junto a ribeiros de água corrente de zonas de montanha onde ocorra vegetação densa e rochas cobertas de musgo. Preferem ambientes aquáticos com pH ligeiramente ácido. Durante a época mais seca, migram para refúgios estivais, como barragens e minas abandonadas, onde se dá a reprodução.
Como em muitas outras espécies de anfíbios, esta espécie está em declínio principalmente devido à alteração e destruição do habitat, modificação do habitat através de desflorestação e alteração da qualidade da água, intensificação da agricultura, drenagem dos locais de reprodução e devido ao uso local de pesticidas, fertilizantes e outros poluentes. As salamandras-lusitânicas foram também afectadas pelo aumento das monoculturas de eucalipto. A manta morta formada de folhas de eucalipto diminui a quantidade de presas e liberta substâncias tóxicas para as salamandras.
No litoral Norte e Centro de Portugal, a perda da qualidade da água deve-se ao desvio de pequenos ribeiros para uso na rega, e para abastecer zonas urbanas e industriais.
Veja este video!
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Osga-turca
Distribuição
A sua distribuição natural inclui toda a zona do Sul da Europa, incluindo Portugal, mas está actualmente distribuído por grande parte do mundo, sendo considerada invasora. Apesar deste estatuto, e devido ao seu pequeno tamanho e aos seus hábitos, não constitui uma ameaça aos animais nativos.
Como espécie invasora
Apesar de tecnicamente ser espécie invasora nos Estados Unidos, raramente são uma ameaça para as populações de animais nativos devido aos seus hábitos e pequeno tamanho. São as únicas osgas nos Estados Unidos com pupilas elípticas. Predadores vorazes de traças e pequenas e baratas, são atraídas por luzes exteriores em busca deles. Emitem um chamamento distintivo agudo parecido com o chilrear de um pássaro, possivelmente expressando uma mensagem territorial.
Estão a propagar-se prontamente pelo sul dos Estados Unidos, tirando a Flórida, de onde foram expulsos por outras osgas invasoras. O sucesso das Osgas-turcas resulta de terem poucos predadores e de ter se proteger em rachas e áreas não visíveis em casas de pessoas (por exemplo, dentro de paredes). A sua dependência de habitações humanas tem contribuído para a sua proliferação, semelhante ao que acontece com roedores.
Na América do Norte, tal como noutros locais do mundo, a sua área de distribuição está a aumentar, e ao contrário de muitos outros répteis, parecem ser bastante resistentes a pesticidas. Isto pode ser explicado como consequência da sua tendência de esconder em ranhuras altas durante o dia e de passar as noites nas paredes de prédios.
Descrição
Estes animais têm um focinho arredondado, aproximadamente do mesmo comprimento que a distância entre o olho e o tímpano, 1,25 a 1,3 vezes o diâmetro da órbita; a testa é ligeiramente côncava; a abertura auricular é oval, oblíqua, com cerca de metade do diâmetro da órbita. Corpo e membros médios. Dedos variam em comprimento, sendo o interior sempre bem desenvolvido; seis a oito lamelas sob os dígitos interiores, oito a dez debaixo do quarto dedo do membro anterior, e nove a onze sob o quarto dedo dos membros posteriores. A cabeça tem grânulos grandes na parte anteriores, e pequenos na zona posterior misturada com tubérculos redondos. Rostrum com quatro lados, quase duas vezes mais largo do que fundo, com uma cova mediana acima; narinas furadas ente o rostrum, o primeiro labial, e três nasais; 7 a 10 lábias superiores e 6 a 8 inferiores; escama mental grande, triangular, pelo menos duas vezes tão comprida como as escamas labiais adjacentes, a sua ponta está entre duas grandes placas no queixo, que podem estar em contacto por trás; uma placa menor encontra-se de cada lado do par maior. A superfície superior do corpo coberta com grânulos minúsculos misturados com tubérculos grandes, geralmente maiores do que os espaços entre eles, suboval, trihedral, e disposto em séries regulares longitudinis de 14 a 16. Machos com séries angulares curtas de 4 a 10 (excepcionalmente 2) poros pré-anais. Cauda cilíndrica, coberta com escamas pequenas e séries transversais de grandes tubérculos, com uma série de placas dilatas transversalmente na face inferior. Castanho claro ou acinzentado em baixo, com manchas mais escuras; muitos dos tubérculos são brancos, superfície inferior branca.
segunda-feira, 16 de novembro de 2009
Víbora-cornuda
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Esta espécie, que em Portugal pode ser encontrada em várias zonas, habita de preferência nas serranias. Consta da área do Parque Natural de Montesinho, com lugar de destaque entre os répteis que aqui se podem encontrar. No Nordeste Trasmontano está presente também na toponímia, com a aldeia de Campo de Víboras.
É um animal difícil de encontrar, a não ser por mero acaso, pelo que, quando isso acontece, o registo visual é muito próximo, o que torna a situação pouco agradável. Não pelo seu tamanho, que é de cerca de 80 cm, mas sobretudo por ser venenosa.
A sua cabeça, como acontece com as restantes víboras, tem uma forma triangular característica. A sua cor é cinzento azulado, possuindo no dorso uma mancha mais escura, em zig-zag, ao longo de todo o corpo.
Se encontrar alguma, não se aproxime, ela vai tentar fugir rapidamente. No entanto, se for mordido por uma destas cobras, não corra e tente ficar calmo, para evitar que o veneno se espalhe e procure imediatamente um hospital, principalmente se a vítima for uma criança, um idoso ou alguém com doenças crónicas. Ao chegar ao hospital, tente descrever a cobra, para o médico poder fazer o tratamento necessário com antídotos, de forma a que a vida da vítima não seja posta em perigo, nem fiquem lesões graves para o resto da vida.
Em Portugal, existe ainda a ideia que não existem cobras venenosas no país. Nada mais errado, o que não existe são cobras com venenos muito tóxicos, o que é significativamente diferente.
Importante mesmo é que esta espécie faz parte da fauna portuguesa e a sua existência é muito importante no combate aos pequenos roedores.
Lagartixa-da-montanha
sexta-feira, 6 de novembro de 2009
Boga-portuguesa
Peixe
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Classificação
No uso comum, o termo peixe tem sido frequentemente utilizado para descrever um vertebrado aquático com brânquias, membros, se presentes, na forma de nadadeiras, e normalmente com escamas de origem dérmica no tegumento. Sendo este conceito do termo "peixe" utilizado por conveniência, e não por unidade taxonômica, porque os peixes não compõem um grupo monofilético, já que eles não possuem um ancestral comum exc
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Os peixes (28.500 espécies catalogadas na FishBase) são, na maior parte das vezes, divididos nos seguintes grupos:
peixes ósseos (Osteichthyes, com mais 22.000 espécies) à qual pertencem as sardinhas, as garoupas, o bacalhau, o atum e, em geral, todos os peixes com o esqueleto ósseo;
peixes cartilaginosos (Chondrichthyes, mais de 800 espécies) à qual pertencem os tubarões e as raias; e
vários grupos de peixes sem maxilas (antigamente classificados como Agnatha ou Cyclostomata, com cerca de 80 espécies), incluindo as lampréias e as mixinas.
Em vista desta diversidade, os zoólogos não mais aceitam a antiga classe Pisces em que Lineu os agrupou, como se pode ver na classificação dos Vertebrados. Abaixo apresentam-se detalhes da classificação atualmente aceita.
Curiosidades
A palavra peixe usa-se por vezes para designar vários animais aquáticos (por exemplo na palavra peixe-mulher para designar o dugongo). Mas a maior parte dos organismos aquáticos muitas vezes designados por "peixe", incluindo as medusas (água-vivas), os moluscos e crustáceos e mesmo mamíferos muito parecidos com os peixes como os golfinhos, não são peixes.
O peixe é um dos símbolos do cristianismo. A palavra peixe, em grego, é IXTIS, cujas letras são iniciais da frase "Γιος του Ιησού Χριστού του Θεού του Σαλβαδόρ" que significa "Jesus Cristo Filho de Deus Salvador".
Os peixes encontram-se em praticamente todos os ecossistemas aquáticos, tanto em água doce como em água salgada, desde a água da praia até às grandes profundezas dos oceanos (ver biologia marinha). Mas há alguns lagos hiper-salinos, como o Grande Lago Salgado, nos Estados Unidos da América do Norte onde não vivem peixes.
Os peixes têm uma grande importância para a humanidade e desde tempos imemoriais foram pescados para a sua alimentação. Muitas espécies de peixes são criadas em condições artificiais (ver aquacultura), não só para alimentação humana, mas também para outros fins, como os aquários.
Peixes de água salgada
Alguns peixes ingerem água para recuperar a água perdida pelas brânquias, por osmose, e pela urina. Eles retiram oxigênio da água para respirar. Uma enguia, por exemplo, toma o equivalente a uma colher de sopa de água por dia. Os peixes também retiram uma certa quantidade de água dos alimentos. Por viverem em meio líquido, não precisam beber água para hidratar a pele, como fazem os animais terrestres.
Os peixes urinam, mas nem todos urinam da mesma maneira. Os peixes de água doce precisam eliminar o excesso de água que se acumula em seus corpos. Seus rins produzem muita urina para evitar que os tecidos fiquem saturados. Comparados aos peixes de água doce, os peixes de água salgada, que já perdem água por osmose, produzem muito menos urina.
O ramo da zoologia que estuda os peixes do ponto de vista da sua posição sistemática é a ictiologia. No entanto, os peixes são igualmente estudados no âmbito da ecologia, da biologia pesqueira, da fisiologia e doutros ramos da biologia
Anatomia dos peixes
Anatomia interna
Esqueleto
Coração
Aparelho digestivo
Bexiga natatória
A bexiga natatória é um órgão que auxilia o peixe a manter-se a determinada profundidade através do controlo da sua densidade relativamente à da água. É um saco de paredes flexíveis, derivado do intestino que pode expandir-se ou contrair de acordo com a pressão; tem muito poucos vasos sanguíneos, mas as paredes estão forradas com cristais de guanina, que a fazem impermeáveis aos gases.
A bexiga natatória possui uma glândula que permite a introdução de gases, principalmente oxigénio, na bexiga, para aumentar o seu volume. Noutra região da bexiga, esta encontra-se em contacto com o sangue através doutra estrutura conhecida por "janela oval", através da qual o oxigénio pode voltar para a corrente sanguínea, baixando assim a pressão dentro da bexiga natatória e diminuindo o seu tamanho.
Nem todos os peixes possuem este órgão: os tubarões controlam a sua posição na água apenas com a locomoção e com o controle de densidade de seus corpos, através da quantidade de óleo em seu fígado; outros peixes têm reservas de tecido adiposo para essa finalidade.
A presença de bexiga natatória traz uma desvantagem para o seu portador: ela proíbe a subida rápida do animal dentro da coluna de água, sob o risco daquele órgão rebentar.
A denominação bexiga natatória foi substituída por vesícula gasosa.
Anatomia externa
Para além de mostrar diferentes adaptações evolutivas dos peixes ao meio aquático, as características externas destes animais (e algumas internas, tais como o número de vértebras) são muito importantes para a sua classificação sistemática
Forma do corpo
A forma do corpo dos peixes "típicos" – basicamente fusiforme – é uma das suas melhores adaptações à locomoção dentro de água. A maioria dos peixes pelágicos (ver acima), principalmente os que formam cardumes activos, como os atuns, apresentam esta forma "típica".
No entanto, há bastantes variações a esta forma típica, principalmente entre os demersais e nos peixes abissais (que vivem nas regiões mais profundas dos oceanos). Nestes últimos, o corpo pode ser globoso e apresentar excrescências que servem para atrair as suas presas.
A variação mais dramática do corpo dos peixes encontra-se nos Pleuronectiformes, ordem a que pertencem os linguados e as solhas. Nestes animais, adaptados a viverem escondidos em fundos de areia, o corpo sofre metamorfoses durante o seu desenvolvimento larvar, de forma que os dois olhos ficam do mesmo lado do corpo – direito ou esquerdo, de acordo com a família.
Muitos outros peixes demersais têm o corpo achatado dorsi-ventralmente para melhor se confundirem com o fundo. Alguns, como os góbios, que são peixes muito pequenos que vivem em estuários, têm inclusivamente as nadadeirass ventrais transformadas num disco adesivo, para evitarem ser arrastados pelas correntes de maré
Os Anguilliformes (enguias, congros e moreias) têm o corpo "anguiliforme", ou seja em forma de serpente, assim como algumas outras ordens de peixes.
Nadadeiras
As barbatanas (português europeu) ou nadadeiras (português brasileiro) são os órgãos de locomoção dos peixes. São extensões da derme (a camada profunda da pele) suportadas por lepidotríquias, que são escamas modificadas e funcionam como os raios das rodas de bicicleta. Por essa razão, chamam-se raios os que são flexíveis, muitas vezes segmentados e ramificados, ou espinhos, quando são rígidos e podem ser ocos e possuir um canal para a emissão de veneno.
Os números de espinhos e raios nas nadadeiras dos peixes são importantes caracteres para a sua classificação, havendo mesmo chaves dicotómicas para a sua identificação em que este é um dos principais factores.
Tipicamente, os peixes apresentam os seguintes tipos de nadadeiras:
-uma nadadeira dorsal
-uma nadadeira anal
-uma nadadeira caudal
-um par de nadadeiras ventrais (ou nadadeiras pélvicas) e
-um par de nadadeiras peitorais.
Apenas as nadadeiras pares têm relação evolutiva com os membros dos restantes vertebrados.
Algumas ou todas estas nadadeiras podem faltar ou estar unidas - já foi referida a transformação das nadadeiras peitorais dos góbios num disco adesivo – mas as uniões mais comuns são entre as nadadeiras ímpares, como a dorsal com a caudal e anal com caudal (caso de algumas espécies de linguados).
As nadadeiras têm formas e cores típicas em alguns grupos de peixes, como as nadadeiras dorsais dos tubarões: para além de avisarem os banhistas para saírem da água, em praias onde eles podem aparecer e ser perigosos, são um importante produto na culinária da China.
Para além da coloração do corpo, a forma e cor das nadadeiras são decisivas para os aquaristas, de tal forma que chegam a ser produzidas variedades de espécies com nadadeiras espectaculares, como o famoso cauda-de-véu, uma variedade do peixinho-dourado (Carassius auratus).
Alguns grupos de peixes, para além da nadadeira dorsal com espinhos e raios (que podem estar separadas), possuem uma nadadeira adiposa, normalmente perto da caudal. É o caso dos salmões e dos peixes da família do bacalhau (Gadídeos).
Escamas ou placas
A pele dos peixes é fundamentalmente semelhante à dos outros vertebrados, mas possui algumas características específicas dos animais aquáticos. O corpo dos peixes está normalmente coberto de muco que, por um lado diminui a resistência da água ao movimento e, por outro, os protege dos inimigos. Embora haja muitos grupos de peixes com pele nua, como as enguias, a maior parte dos peixes tem-na coberta de escamas que, ao contrário dos répteis, têm origem na própria derme.
Os peixes apresentam quatro tipos básicos de escamas:
-ciclóides, as mais comuns, normalmente finas, sub-circulares e com a margem lisa ou finamente serrilhada;
-ctenóides, também sub-circulares, mas normalmente rugosas e com a margem serrilhada ou mesmo espinhosa;
-ganóides , de forma sub-romboidal e que podem ser bastante grossas como as dos esturjões; e salmões.
-placóides, normalmente duras com um ou mais espinhos, de formas variadas.
Linha lateral
Um órgão sensorial específico dos peixes é a linha lateral, normalmente formada por uma fiada longitudinal de escamas perfuradas através das quais corre um canal que tem ligação com o sistema nervoso; aparentemente, este órgão tem funções relacionadas com a orientação, uma espécie de sentido do olfacto através do qual os peixes reconhecem as características das massas de água (temperatura, salinidade e outras).
Lampreia-de-riacho ou lampreia-de-rio
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As lampreias são classificadas no clade Hyperoartia, dentro do filo Chordata, por oposição aos Gnathostomata, que incluem os animais com maxilas. Todas as espécies conhecidas são agrupadas na classe Petromyzontida ou Cephalaspidomorphi, na ordem Petromyzontiformes e na família Petromyzontidae.
Algumas espécies de lampreias têm um número de cromossomas que é recorde entre os cordados, chegando a 174. A larva ammocoetes tem um tamanho máximo de 10 cm, enquanto que os adultos podem ultrapassar 120 cm.
Anatomia
As lampreias possuem no topo da cabeça um "olho pineal" translúcido e, à frente, uma única "narina", o que é um caso único entre os vertebrados actuais (embora se encontre em alguns fósseis). Esta "nari
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Os olhos são relativamente grandes, estão equipados de cristalino, mas não possuem músculos oculares intrínsecos, como os restantes vertebrados. Por trás deles, abrem-se sete fendas branquiais. Uma outra característica deste grupo de peixes é a inexistência de verdadeiros arcos branquiais – a câmara branquial é reforçada externamente por um cesto branquial cartilagíneo.
A ventosa que forma a boca da lampreia funciona como tal através dum complexo mecanismo que age como uma bomba de sucção: inclui um pistão, o velum e uma depressão na cavidade bucal, o hydrosinus.
As lampreias não têm um esqueleto mineralizado, mas encontram-se regiões de cartilagem calcificada no seu endoesqueleto. O crânio é composto por placas cartilagíneas, como o das mixinas, mas é mais complexo e inclui uma verdadeira caixa craniana onde está alojado o cérebro.
A coluna vertebral é basicamente formada pelo notocórdio, tal como as mixinas, mas nas lampréias existem pequenos reforços cartilagíneos, os arcualia dorsais.
Ecologia
As lampreias encontram-se principalmente em águas temperadas, tanto no hemisfério norte, como no sul.
Algumas espécies são parasitas, fixando-se a outros peixes, cuja pele abrem com a sua língua-raspadora e sugam-lhes o sangue. Esta é também uma forma de se deslocarem.
A ventosa bucal também lhes serve para se agarrarem a pedras ou vegetação aquática para descansarem. Por esta razão, em alguns locais da Europa são conhecidas por suga-pedra ("stone-sucker" em inglês).
As lampreias, principalmente a larva ammocoetes, são usadas como isco na pesca. No entanto, em alguns países (como Portugal, por exemplo), os adultos são considerados uma especialidade culinária.
A poluição dos rios, à qual as larvas são especialmente sensíveis, tem sido a causa da sua quase extinção em muitos rios da Europa.
Existem registos fósseis de lampreias desde o período Carbónico superior, com cerca de 280 milhões de anos de idade.
quinta-feira, 5 de novembro de 2009
Cegonha-preta
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A cegonha-preta (Ciconia nigra) é uma ave ciconiforme da família das cegonhas. Habita lagos, rios ou regiões alagadas rodeadas por densas florestas. A cegonha preta distribui-se, em Portugal, apenas pelas regiões mais interiores, inóspitas e isoladas. Os troços internacionais dos rios Douro, Tejo e Guadiana oferecem para esta espécie condições privilegiadas, sobretudo devido à fraca perturbação humana que aí se regista e à abundância de locais de nidificação.
É um animal fortemente migrante, exceptuando-se os espécimes da península Ibérica que são residentes.
Morfologia
A cegonha-preta é ligeiramente menor que a cegonha-branca. Ela caracteriza-se pela plumagem branca no ventre e negra com reflexos metálicos no dorso, cauda, cabeça e pescoço. O bico e as patas, de cor vermelho vivo no adulto, são esverdeados e bastante mais claros nos juvenis. A sua plumagem escura e metálica pode, por vezes, reflectir a luz do sol, fazendo-a parecer bastante clara quando vista ao longe.
Alimentação
A sua alimentação é muito semelhante à da cegonha-branca. Inclui uma maior percentagem de peixe e outros seres aquáticos. O seu regime alimentar faz com que estas aves sejam extremamente úteis para a agricultura, pois comem inúmeros insectos e servem como controladores de possíveis pragas. A base da sua alimentação é constituída por crustáceos, anfíbios, e pequenos peixes.
Abutre-do-egito
Abutre-barbudo ou Quebra-Ossos
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O abutre-barbudo preenche um nicho ecológico altamente especializado, já que alimenta-se quase exclusivamente de ossos, os quais ele engole inteiros, ou atira ao solo em vôo, para comer a medula óssea, uma fonte de proteína não-aproveitada por outras espécies necrófagas. Daí não possuir o pescoço sem penas dos demais abutres, que não lhe conferiria qualquer vantagem evolutiva, já que não coloca a cabeça no interior de carcaças. Patrulha áreas montanhosas, em busca de ossos de animais, como a camurça, mortos em avalanches, ou espreita outras aves necrófagas enquanto estas limpam um cadáver. A espécie tem uma vasta área de ocorrência, e está sendo objeto de uma série de experimentos de restauração nos Alpes, onde foi exterminada pela caça no século XIX.
Aves
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As aves (latim científico: Aves) constituem uma classe de animais vertebrados, bípedes, homeotérmicos, ovíparos, caracterizados principalmente por possuírem penas, apêndices locomotores anteriores modificados em asas, bico córneo e ossos pneumáticos. São reconhecidas aproximadamente 9.000 espécies de aves no mundo.
As aves variam muito em seu tamanho, dos minúsculos beija-flores a espécies de grande porte como a avestruz e a ema. Note que todos os pássaros são aves, mas nem todas as aves são pássaros. Os pássaros estão incluidos na ordem Passeriformes, constituindo a ordem mais rica, ou seja, com maior número de espécies dentro do grupo das aves.
Enquanto a maioria das aves são caracterizadas pelo voo, as ratitas não podem voar ou apresentam voo limitado, uma característica considerada secundária, ou seja, adquirida por espécies "novas" a partir de ancestrais que conseguiam voar. Muitas outras espécies, particularmente as insulares, também perderam essa habilidade. As espécies não-voadoras incluem o pingüim, avestruz, quivi, e o extinto dodo. Aves não-voadoras são especialmente vulneráveis à extinção por conta da ação antrópica direta (destruição e fragmentação do habitat, poluição etc.) ou indireta (introdução de animais/plantas exóticas, mamíferos em particular).
Adaptações ao voo
No seu caminho evolutivo, as aves adquiriram várias características essenciais que permitiram o voo ao animal. Entre estas podemos citar:
- Endotermia
- Desenvolvimento das penas
- Desenvolvimento de ossos pneumatizados
- Perda, atrofia ou fusão de ossos e órgãos
- Desenvolvimento de um sistema de sacos aéreos
- Postura de ovos
- Presença de quilha, expansão do osso esterno, na qual se prendem os músculos que movimentam as asas
- Ausência de bexiga urinária
- Ausência de dentes
- Corpo leve e aerodinâmico
As penas, consideradas como diagnóstico das aves atuais, estão presentes em outros grupos de dinossauros, entre eles o próprio Tyrannosaurus rex. Estudos apontam que a origem das penas se deu a partir de modificações das escamas dos répteis, tornando-se cada vez mais diferenciadas, complexas e, posteriormente, vieram a possibilitar os voos planado e batido. Acredita-se que as penas teriam sido preservadas na evolução por seu valor adaptativo, ao auxiliar no controle térmico dos dinossauros – uma hipótese que aponta para o surgimento da endotermia já em grupos mais basais de Dinosauria (com relação às aves) e paralelamente com a aquisição da mesma característica por répteis Sinapsida, que deram origem aos mamíferos.
Os ossos pneumáticos também são encontrados em outros grupos de répteis. Apesar de serem ocos (sendo um termo melhor "não-maciços"), os ossos das aves são muito resistentes, pois preservam um sistema de trabéculas ósseas arranjadas piramidalmente em seu interior.
Com relação a características ósseas relacionadas à adaptação ao voo, podemos citar:
Diminuição do crânio, sendo este composto por ossos completamente fusionados no estágio adulto;
Rostrum (mandíbula + maxilar) leve, podendo ser "oco" (p. ex. em tucanos, Ramphastidae) e coberto por uma camada córnea, a ranfoteca;
Forame magno direcionado posteriormente, facilitando a posição "horizontal" da ave (quando em voo);
Diminuição do número de vértebras, em especial no sinsacrum (fusão de vértebras e outros ossos da cintura pélvica) e pigóstilo (vértebras caudais fusionadas);
Tarsos (mãos) com grande fusão de ossos, sendo que atualmente só se observam três dedos;
Fusão das clavículas formando a fúrcula (conhecido popularmente como "osso da sorte"), como adaptação ao fechamento dos órgãos dentro de uma caixa óssea;
Costelas dotadas de um processo uncinar (projeção óssea posteriormente direcionada de modo a fixar uma costela com a costela imediatamente atrás), também uma adaptação ao fechamento;
Prolongamento do osso esterno e desenvolvimento da carena ou quilha esternal, sendo que, o primeiro também é uma adaptação à formação da caixa óssea e o segundo uma adaptação para a implantação dos músculos do voo, necessariamente fortes.
Fusão de ossos nas pernas (apêndices locomotores posteriores) formando a tíbia-tarso e tarso-metatarso.
Quanto a outros órgãos, as aves perderam os dentes (redução do peso total do animal) e as bexigas, e a grande maioria dos grupos de aves perderam o ovário direito. O sistema de sacos aéreos funciona em conjunto com o sistema respiratório (por isso a respiração em aves é diferente dos outros grupos de tetrápodes). Ainda tem função de diminuir a densidade do animal, facilitando o voo e a natação (no caso de aves que mergulham).
Todas essas características já são observadas em outros grupos de répteis, em especial nos Dinosauria, o que levou especialistas a classificar as aves não como um grupo à parte (Classe Aves, como era conhecida antigamente), e sim como um grupo especializado de dinossauros (veja Ascendência das aves).
Mamíferos
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Características
O marco inicial para o reconhecimento científico dos mamíferos como grupo foi a publicação por John Ray (1693) da obra "Synopsis methodica animalium quadrupedum et serpentini generis". Onde inclui uma divisão dos animais que possuem sangue, respiram por pulmão, apresentam dois ventrículos no coração e são vivíparos. Tal definição ainda hoje se mantem válida, lembrando-se que à época os monotremados não eram conhecidos. Carolus Linnaeus (1758) com a décima edição do Systema Naturae, cunha o termo Mammalia para o qual a definição é essencialmente aquela apresentada por Ray.
Mãe amamentando seus filhotesE. R. Hall (1981) caracterizou a classe Mammalia como: "sendo especialmente notáveis por possuírem glândulas mamárias que permitem à fêmea nutrir o filhote recém-nascido com leite; presença de pêlos, embora confinados aos estágios iniciais de desenvolvimento na maioria dos cetáceos; ramo horizontal da mandíbula é composto por um único osso; a mandíbula se articula diretamente com o crânio sem intervenção do osso quadrado; dois côndilos occipitais; diferindo das aves e répteis por possuírem diafragma e por terem hemáceas anucleadas; lembram as aves e diferem dos répteis por terem sangue quente, circulação diferenciada completa e quatro câmaras cardíacas; diferem dos anfíbios e peixes pela presença do âmnio e alantóide e pela ausência de guelras".
Muitas das características comuns aos mamíferos não aparecem nos outros animais. Algumas delas, porém, podem ser observadas nas aves – uma alta taxa metabólica e níveis de atividade ou complexidade de adaptações, como cuidado pós-natal avançado e vida social, aumento da capacidade sensorial, ou enorme versatilidade ecológica. Tais características semelhantes nas duas classes sugerem que tais adaptações são homoplasias, ou seja, se desenvolveram independentemente em ambos os grupos.
Outras características mamalianas são sinapomorfias dos amniotas, adaptações partilhadas por causa do ancestral comum. Os amniotas, grupo que inclui répteis, aves e mamíferos, são vertebrados terrestres cujo desenvolvimento embrionário acontece sobre proteção de membranas fetais (âmnio, cório e alantóide). Entres as características herdadas se encontram aumento do investimento no cuidado das crias, fertilização interna, derivados queratinizados da pele, rins metanefros com ureter específico, respiração pulmonar avançada, e o papel decisivo dos ossos dérmicos na morfologia do crânio. Ao mesmo tempo, os mamíferos compartilham grande número de características com todos os demais vertebrados, incluindo o plano corpóreo, esqueleto interno, e mecanismos homeostáticos (incluindo caminhos para regulação neural e hormonal).
Cheloniidae ou Tartaruga marinha
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Tartaruga marinha ou (Cheloniidae),é a família da ordem das tartarugas que inclui as tartarugas marinhas. O grupo é constituido por seis géneros e sete espécies, todas elas ameaçadas de extinção.
As tartarugas marinhas habitam todos os oceanos, excepto o Oceano Antártico, em zonas de água tropical e subtropical. A maioria das espécies são migratórias e vagueiam pelos oceanos, orientando-se com a ajuda do campo magnético terrestre. A tartaruga-de-couro é a maior espécie, atingindo 2 metros de comprimento e 1,5 metro de largura, para 600 kg de peso.
Após atingir a maturidade sexual, em muitas espécies apenas por volta dos 30 anos, a fêmea regressa à praia onde nasceu para enterrar os seus ovos na areia. As tartarugas são extremamente fiéis a este local e não nidificam noutras praias. As posturas da tartaruga de Kemp, por exemplo, estão totalmente confinadas a uma única praia na costa do México. A incubação leva cerca de dois meses após o que os juvenis escavam a saída a correm para o mar. A eclosão das tartarugas é um grande acontecimento ecológico e todos os predadores das redondezas (aves, peixes, mamíferos e seres humanos em busca dos ovos) acorrem a estas praias para caçar os juvenis. Calcula-se que apenas 1 em 100 consiga atingir a maturidade.
A sobrevivência das tartarugas marinhas continua em risco, após muitos anos de caça intensiva pela sua carapaça, carne (utilizada para sopa) e gordura. Atualmente a caça está controlada mas estes animais continuam a estar ameaçados pelas redes de pesca que matam cerca de 40.000 exemplares por ano. Outra das maiores ameaças é o desenvolvimento costeiro nas áreas de nidificação, que impede as fêmeas de pôr os ovos e impossibilita a sua reprodução.
Golfinho
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Os golfinhos ou delfins são animais cetáceos pertencentes à família Delphinidae. São perfeitamente adaptados para viver no ambiente aquático, existem 37 espécies conhecidas de golfinhos, dentre os de água salgada e água doce. A espécie mais comum é a Delphinus delphis.
São nadadores privilegiados, às vezes, saltam até cinco metros acima da água, podem nadar a uma velocidade de até 40 km/h e mergulhar a grandes profundidades. Sua alimentação consiste basicamente de peixes e lulas. Podem viver de 25 a 30 anos e dão à luz a um filhote de cada vez. Vivem em grupos, são animais sociáveis, tanto entre eles, como com outros animais e humanos.
Sua excelente inteligência é motivo de muitos estudos por parte dos cientistas. Em cativeiro é possível treiná-los para executarem grande variedade de tarefas, algumas de grande complexidade. São extremamente brincalhões, pois nenhum animal, exceto o homem, tem uma variedade tão grande de comportamentos que não estejam diretamente ligados às atividades biológicas básicas, como alimentação e reprodução. Possuem o extraordinário sentido de ecolocalização ou biosonar ou ainda orientação por ecos, que utilizam para nadar por entre obstáculos ou para caçar suas presas.
Habitat
O habitat de 33 espécies de golfinho é na água salgada, perto da costa ou no mar aberto. Porém 5 espécies vivem em rios e lagos, como o Boto da Amazônia. Alguns, de água doce, vivem no encontro da água doce com a salgada.
Predadores
Os predadores dos golfinhos são os tubarões, as orcas e o ser humano. Os pescadores de atuns, costumam procurar por golfinhos, que também os caçam, ocasião em que ocorre um mutualismo. O golfinho encontra o cardume e os pescadores jogam as redes aprisionando os peixes e deixam os golfinhos se alimentarem para depois puxarem as redes. Desse modo, ambas as espécies se beneficiam do alimento. Porém muitas vezes os golfinhos acabam se enroscando nas redes, podendo morrer.
Alimentação
Os golfinhos são caçadores e alimentam-se principalmente de peixes e lulas, mas alguns preferem moluscos e camarões. Muitos deles caçam em grupo e procuram os grandes cardumes de peixes. Cada espécie de peixe tem um ciclo anual de movimentos, e os golfinhos acompanham esses cardumes e por vezes parecem saber onde interceptá-los, provavelmente conseguem estas informações pela excreções químicas dos peixes, presentes na urina e as fezes.
Ecolocalização
O golfinho possui o extraordinário sentido da ecolocalização, trata-se de um sistema acústico que lhe permite obter informações sobre outros animais e o ambiente, pois consegue produzir sons de alta freqüência ou ultra-sônicos, na faixa de 150 kHz, sob a forma de “clicks” ou estalidos. Esses sons são gerados pelo ar inspirado e expirado através de um órgão existente no alto da cabeça, os sacos nasais ou aéreos. Os sons provavelmente são controlados, amplificados e enviados à frente através de uma ampola cheia de óleo situada na nuca ou testa, o Melão, que dirige as ondas sonoras em feixe à frente, para o ambiente aquático. Esse ambiente favorece muito esse sentido, pois o som se propaga na água cinco vezes mais rápido do que no ar. A freqüência desses estalidos é mais alta que a dos sons usados para comunicações e é diferente para cada espécie.
Quando o som atinge um objeto ou presa, parte é refletida de volta na forma de eco e é captado por um grande órgão adiposo ou tecido especial no seu maxilar inferior ou mandíbula, sendo os sons transmitidos ao ouvido interno ou médio e daí para o cérebro. Grande parte do cérebro está envolvida no processamento e na interpretação dessas informações acústicas geradas pela ecolocalização.
Assim que o eco é recebido, o golfinho gera outro estalido. Quanto mais perto está do objeto que examina, mais rápido é o eco e com mais freqüência os estalidos são emitidos. O lapso temporal entre os estalidos permite ao golfinho identificar a distância que o separa do objeto ou presa em movimento. Pela continuidade deste processo, o golfinho consegue segui-los, sendo capaz de o fazer num ambiente com ruídos, de assobiar e ecoar ao mesmo tempo e pode ecoar diferentes objetos simultaneamente.
A ecolocalização dos golfinhos, além de permitir saber a distancia do objeto e se o mesmo está em movimento ou não, permite saber a textura, a densidade e o tamanho do objeto ou presa. Esses fatores tornam a ecolocalização do golfinho muito superior a qualquer sonar eletrônico inventado pelo ser humano.A temperatura dele varia com a da água 28 a 30 °C.
Sono
Os golfinhos por serem mamíferos e apresentarem respiração pulmonar devem constantemente realizar a hematose a partir do oxigênio presente na atmosfera, tal fato obriga os golfinhos e muitos outros animais aquáticos dotados de respiração pulmonar a subirem constantemente à superfície. Uma das conseqüências desta condição é o sono baseado no princípio da alternação dos hemisférios cerebrais no qual somente um hemisfério cerebral torna-se inconsciente enquanto o outro hemisfério permanece consciente, capacitando a obtenção do oxigênio da superfície.